CALIGRAFIA SHO
(shodo)
De
MESTRES DO SHO CONTEMPORÂNEO
Caligrafia Artística Japonesa
Em comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil
São Paulo: 2008. 176 p. ilus.
Catálogo da exposição no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, realizada de 14 de outubro a 9 de novembro de 2008.
“Diz-se que o shodo é uma arte em que o autor expressa a força propulsora da vida compondo letras em simples traços e pontos. Os “kohtotsu Moji” , caracteres chineses hieroglíficos escritos em ossos de animais, nasceram na China há 3.500 anos e, foram, então, introduzidos no Japão em forma de kanji, cerca de 1.400 anos atrás. A partir do kanji, foram criados os caracteres de “kana”, próprios do Japão, formando-se, então, a escrita japonesa que utiliza tanto o kanji como o kana.”
A partir de 1948, “em adição às escritas de kanji, kana e das letras usadas para gravação em carimbos que eram expressadas em shodo até então, deu-se a expansão à forma de documentação poética moderna, a escrita de letras grandes, à escrita de vanguarda e à arte de esculpir letras, que, através das suas formas, permitiram os artistas expressarem seus sentimentos mais subjetivos.” THE MAINICHI NEWSPAPERS – The Mainichi Shodo Association, p. 7
“Uma exposição de Shodo num museu ocidental é sempre uma ocasião para repensar hábitos artísticos e práticas culturais. Shodo, se isto não for diminuí-lo, é linguagem e imagem intimamente associados. [negrita nosso] Linguagem que vira imagem, imagem que é linguagem. Na arte ocidental, essa montagem de duas coisas para nós distintas tardou a ocorrer e, quando o fez, representou quase sempre um questionamento à arte, algo que não existe no Shodo. Os cubistas serviram-se de fragmentos da linguagem como um suplemento à imagem, sem valor especial em si mesmos. Os dadaístas inseriram-na em suas composições como forte instrumento de contestação à arte da época. Foi preciso esperar pelos conceitualistas, a partir dos anos 60 do século passado, para que a linguagem assumisse lugar e função destacados na arte ocidental e outra vez como sinal de contestação à arte preexistente. “ (...) “Seria possível dizer que os ideogramas kanji, de que o Shodo com frequencia se serve, já são em si mesmos, em qualquer circunstância, imagens de arte e que o Shodo apenas intensifica e magnifica esse aspecto. “ TEIXEIRA COELHO, p. 11
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UEMURA WADÔ
(1906-2002)
Poesia tipo Waka do monge “Sosou Hoshi”, 1969.
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KAGAWA HÔUN
(1904-1977)
Não dar devida atenção à opiniões alheias.(1973)
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IIJIMA HARUMI
Poesia do tipo “Haiku” sobre a espera ansiosa da chegada da primavera.
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YAMANAKA SHIKOKU
Representação da letra felicidade em estido Sôsho, s.d.
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SHIMAZAKI ISSUI
Poesia do tipo “Haiku” que compara o vaga-lume com o casulo do bicho de seda.
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